sábado, 11 de fevereiro de 2012

« não tenhas medo ( ... ) porque Eu estou contigo » (At 18, 9-10)

               Amar a igreja e os homens como Jesus os amou

 89. A espiritualidade missionária caracteriza-se, além disso, pela caridade apostólica - a conhece as suas ovelhas, procura-as e oferece a sua vida por elas (cf. Jo 10). Quem tem espírito missionáríode Cristo que veio « para trazer à unidade os filhos de Deus que andavam dispersos » (Jo 11, 52), o Bom Pastor que sente o ardor de Cristo pelas almas e ama a Igreja como Cristo a amou.

O missionário é impelido pelo « zelo das almas », que se inspira na própria caridade de Cristo, feita de atenção, ternura, compaixão, acolhimento, disponibilidade e empenhamento pelos problemas da gente. O amor de Jesus envolvia o mais fundo da pessoa: Ele, que « sabia o que há em cada homem » (Jo 2, 25 ), amava a todos para lhes oferecer a redenção e sofria quando esta era rejeitada.

O missionário é o homem da caridade: para poder anunciar a todo o irmão que Deus o ama e que ele próprio pode amar, ele terá de usar de caridade para com todos, gastando a vida ao serviço do próximo. Ele é o « irmão universal », que leva consigo o espírito da Igreja, a sua abertura e amizade por todos os povos e por todos os homens, particularmente pelos mais pequenos e pobres. Como tal, supera as fronteiras e as divisões de raça, casta, ou ideologia: é sinal do amor de Deus no mundo, que é um amor, sem qualquer exclusão nem preferência.

Por fim, como Cristo, o missionário deve amar a Igreja: « Cristo amou a Igreja e entregou-se a Si mesmo por ela » (Ef 5, 25 ) . Este amor, levado até ao extremo de dar a vida, constitui um ponto de referência para ele (...) Só um amor profundo pela Igreja poderá sustentar o zelo do missionário: a sua obsessão de cada dia - a exemplo de S. Paulo - é « o cuidado de todas as Igrejas » (2 Cor 11, 28)! Para qualquer missionário e comunidade, « a fidelidade a Cristo não pode ser separada da fidelidade à Sua Igreja ». 173
 O verdadeiro missionário é o santo

 90. O chamamento à missão deriva por sua natureza da vocação à santidade. Todo o missionário só o é autenticamente, se se empenhar no caminho da santidade: « a santidade deve-se considerar um pressuposto fundamental e uma condição totalmente insubstituível para se realizar a missão de salvação da Igreja ».
 « com os fracos, fiz-me fraco (...) Fiz-me tudo para todos, para salvar alguns a todo 0 custo. Tudo faço pelo Evangelho... » (1 Cor 9, 22-23 ).

Precisamente porque « enviado », o missionário experimenta a presença reconfortante de Cristo, que o acompanha em todos os momentos de sua vida

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