sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Precisamos estar repletos do Espírito Santo lll

Quando fiz meu doutorado em Roma, meus superiores queriam que eu estudasse inglês. Mas eu queria estudar somente uma coisa: a Palavra de Deus. As Sagradas Escrituras. E, mesmo contra a própria vontade, meus superiores me deixaram estudar as Sagradas Escrituras. Eles achavam que não haveria utilidade para a diocese eu estudar as Sagradas Escrituras. Mas, mesmo assim, eles me deram autorização para estudar o que queria. Eu fiquei muito feliz por me deixarem estudar a Bíblia.
 Não existe algo mais brilhante para se estudar do que a Palavra de Deus, porque a Palavra de Deus não é palavra de pessoas.
Eu tinha de escolher uma tese para meu doutorado. E escolhi o Evangelho segundo João. Este Evangelho me fascina! Quando as pessoas daquele tempo perguntavam a João sobre o seu convívio com Jesus e pediam que ele falasse a respeito de Deus, João resumia tudo em três palavras: Deus é amor.
João nos dá o mais curto e completo sermão de toda a existência: Deus é amor.
E, a partir disso, comecei a compreender o que é o Cristianismo. O Cristianismo é a religião do amor.
 Existem religiões que incentivam a morte das pessoas, afirmando que homens-bombas vão para o paraíso por causa de seus atos terroristas.
O Cristianismo não tem homens-bombas, e sim mártires.

Quando participei da 1ª Convenção Internacional da Renovação Carismática em Roma, havia ali 10 mil carismáticos. E em que lugar foi realizada esta Convenção? Nas catacumbas! E eu fazia questão de celebrar a Santa Missa ali, nas catacumbas, e mostrar o local aos presentes.
Nas catacumbas não existe cimento, corrimões etc. Ali só tem mártires. E as catacumbas nunca vão ruir, porque estão molhadas com o Sangue de Jesus.
A nossa Igreja é maravilhosa! Somos convidados a reconhecer nossa dignidade.
 Jesus disse a Nicodemos o plano de Deus para a humanidade em João 3,16: Deus, de tal forma amou o mundo, que Ele lhe deu o seu Filho único, Jesus, para que aqueles que crerem e O aceitarem não morram, nunca fiquem doentes, mas sejam felizes e tenham a vida eterna.
Deus escolheu um homem. Este homem se tornou Papa. Papa Bento XVI. E, logo no início do seu pontificado, Deus pediu que ele escrevesse uma Encíclica. E qual o título de sua primeira Encíclica? Deus é amor!
Portanto, existem três pessoas que pensam da mesma forma: o evangelista São João, o Papa Bento XVI e este que vos fala, padre Rufus. Assim, vamos trabalhar em cima desta verdade : Deus é amor.
Os Evangelhos começam desta forma: com o batismo de Jesus no rio Jordão. E eu me perguntava: "Por que os Evangelhos começam por narrar o batismo de Jesus?" Para mim parecia um fato sem muita importância. Mas daí eu aprendi que, de fato, é um episódio muito importante.
O batismo de Jesus é tão importante quanto o nascimento de Jesus. É tão importante quanto Sua Morte e Ressurreição.
 Aprendemos isso ao olharmos para os ritos orientais da nossa Igreja. Um dia Jesus saiu de Nazaré para ir ao rio Jordão, na Judeia. Enquanto João Batista preparava o povo para entrar nas águas do rio Jordão, chamando o povo ao arrependimento e à mudança de vida, ele viu Jesus e disse:
“Você é o Messias. É você quem deve me batizar”. Mas Jesus se identifica com nós, pecadores, entrando nas águas do rio Jordão para ser batizado.
Então o céu se abriu naquele momento e duas coisas aconteceram com Jesus: primeiro, Ele recebeu autoridade para pregar. Recebeu autoridade de Seu Pai.
 Sem a autoridade de Deus não podemos pregar. E a segunda coisa é que Ele foi investido de poder para curar e libertar.
 Sem o poder do Espírito Santo, não temos como ministrar a cura e a libertação na vida das pessoas.
Após isso, Jesus ficou cheio do Espírito Santo. É assim que começam os Evangelhos. Sem a força do Espírito Santo, a exemplo de Jesus, não conseguiremos transformar este mundo.
Transcrição e Adaptação: Alexandre de Oliveira
Padre Rufus Pereira
Sacerdote da Arquidiocese de Bombaim (Índia). Vice-presidente da Associação Internacional de Exorcistas.
Acampamento de Cura e Libertação 11 a 15 de novembro de 2011. Canção Nova - Brasil

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