Governo do Irã confisca Bíblias e destrói igrejas declarando guerra ao cristianismo
02.12.2011 - Mais de 6.500 Bíblias foram confiscadas, sites foram
fechados e igrejas foram destruídas por autoridades iranianas em uma
ofensiva do governo contra o crescimento do cristianismo no país.
Segundo a agência oficial de notícias Mehr, a ação se justifica por que
“os missionários cristãos têm feito uma campanha milionária, com
publicidade enganosa para que a opinião pública e a juventude se afastem
dos ensinamentos do Islã”.
O aiatolá Hadi Jahangosha manifestou sua preocupação com a “expansão do
cristianismo entre os jovens”, e culpou os meios eletrônicos de
comunicação e a facilidade de acesso a literatura cristão pela expansão:
“É responsabilidade de todos os cidadãos do Irã que façam algo sobre
isso e cumpram seu papel na difusão do Islã puro, lutando contra as
culturas falsas e distorcidas do Ocidente” disse o líder islâmico.
Segundo a agência cristã iraniana Mohabat News, um assessor do comitê
de assuntos sociais do Parlamento do Irã confirmou que a maioria das
milhares de Bíblias confiscadas veio das cidades de Zanjan e Abhar,
Estado de Zanjan.
“O importante neste assunto é que a polícia, os juízes e os líderes
religiosos devem estar cientes que os cristãos estão se fortalecendo
para enfrentar o Islã, caso contrário, qual o sentido de terem produzido
este grande número de Bíblias?” disse um representante do governo sobre
as Bíblias confiscadas, que segundo ele “foram produzidas com uma
melhor qualidade de papel, em tamanho de livro de bolso.”
Além do confisco de Bíblias o temor dos líderes cristãos no país é de
que o governo destrua igrejas no país como aconteceu na cidade de Kerman
onde uma das principais igrejas foi destruída por autoridades locais.
Além do confisco de Bíblias, o que preocupa a liderança cristã no país é
a destruição de igrejas, como aconteceu na cidade de Kerman, onde uma
das principais igrejas da cidade foi destruída por autoridades islâmicas
locais. A liderança afirma também que o governo Mahmoud Ahmadinejad
está preocupado com o grande número de muçulmanos que estão se
convertendo ao cristianismo. Segundo eles o país já tem pelo menos
100.000 cristãos.
Outro alvo de ataque do regime iraniano são os sites em língua persa
com conteúdo cristão, entre eles a agência Mohabat News. Muitos sites
foram tirados do ar com ataques que sobrecarregam os servidores, um tipo
de ataque cibernético, conhecido como DDoS, que está se tornando muito
comum para retirar sites do ar.
E o governo não se preocupa em esconder seus atos, o Ministério da
Segurança do Irã anuncia ter eliminado uma rede de Internet que, segundo
as autoridades, “fazia propaganda antirreligiosa no ciberespaço”. O
ministério anunciou também a prisão de várias pessoas envolvidas com
esses sites e criou um comitê regulatório para monitorar os usuários de
internet no país.
Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/
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