segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Celebração Tridentina

A Missa de costas para o povo?

A Missa legitimamente celebrada na forma extraordinária ou antiga do Rito Romano, agora equiparada pelo Papa à forma ordinária em vigor, muitas vezes é descrita como "a Missa celebrada 'de costas para o povo'”. Interessante é que a Missa foi assim celebrada por mais de quatro séculos, e nesse tempo todo as igrejas eram muito mais cheias do que são hoje, e só agora se notou esse "detalhe"...

Na verdade, a Missa na forma tradicional não é celebrada pelo Sacerdote virado "de costas para o povo", O que ele faz é olhar na mesma direção do povo, em direção ao Oriente, “versus orientem”, que representa Nosso Senhor. O sacerdote e os fiéis, todos juntos, se unem em direção ao Senhor: para frente e para o Céu. Assim como o comandante não marcha de costas para seus soldados, e sim na mesma direção, junto com eles.

Eis a explicação do nosso Papa Bento XVI: “(...)Um erro grave atribuído à reforma pós-conciliar foi o costume de o sacerdote celebrar voltado para os fiéis. Dessa forma, o Sacerdote torna-se o verdadeiro ponto de referência de toda a celebração. Tudo acaba nele. É ele que se precisa olhar. A atenção é cada vez menos voltada para Deus e é cada vez mais importante o que fazem as pessoas que ali se encontram, e que não têm a menor intenção de submeter-se a um esquema predisposto. O sacerdote virado para o povo dá à comunidade o aspecto de um todo fechado sobre si mesmo. Sua postura não é mais aberta para frente e para cima, mas fechada em si mesma”.

Será coincidência que depois que a forma da Missa mudou tenham surgido tantos "padres-estrelas"? E tantas deformações na liturgia? E invenções na maneira de celebrar a Missa, que sempre foi a mesma, desde a Santa Ceia de Jesus Cristo com os Apóstolos? Hoje vemos "missa-show", "Missa afro", "missa-sertaneja", "missa-balada"... Será que vale tudo? O Papa também nos recorda que, ao contrário do que muitos pensam, não há menção alguma no texto do Concílio Vaticano II a respeito do Altar voltado para o povo. Segundo ele, “no costume antigo, a questão não era 'virar as costas ao povo', mas sim adotar a mesma orientação do povo”. - Eram todos juntos, em direção a Jesus Cristo.




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